Governo Modelo e Autoridade Sacerdotal


FESTA DOS TABERNÁCULOS 2012

11/10/2012 10:07

 

PRINCIPIO DE OUTUBRO: Quando aprendermos que: A falta de intimidade com Deus nos leva a ignorar o chamado, descobrir o povo e o expor à vergonha do inimigo – Ex 32:21-25. Ap. Esdras Pereira

 

TEXTO BÍBLICO:

Levítico 23: 23-32

 

INTRODUÇÃO

Dentre as três grandes festas comandadas por D-us, a Festa dos Tabernáculos é a de maior significado profético para nós cristãos. O Senhor tem mostrado, para nós crentes no Messias, que vivemos a expectativa dos últimos dias, que esta Festa se reveste de um significado especialíssimo.

Tabernáculos significa a habitação do Senhor em nosso meio. D-us habitou em nosso meio na pessoa de JESUS. Em João 1:14, que diz: “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós”, a palavra no original não é habitou, mas “tabernaculou” entre nós. JESUS era “D-us conosco”, ou seja, D-us tabernaculando conosco. Os estudiosos afirmam que JESUS não nasceu no dia 25 de dezembro, mas durante a Festa dos Tabernáculos. A Bíblia diz que “pastores... guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite” (Lc 2:8). Se fosse a noite dos dias 24 ou 25 de dezembro, isto não seria possível, devido ao frio que faz naquela região nessa época, os rebanhos estariam bem guardados em seus apriscos fechados, e não ao ar livre, como Lucas relata. Observando a data do nascimento de João Batista, seis meses antes do nascimento de JESUS, sabemos que este nasceu em setembro ou outubro, (Lc 1:5), durante a Festa dos Tabernáculos.

A Festa de Sucot ou Tabernáculos é tudo, menos melancolia e tristeza. É uma época de celebração, onde temos a oportunidade de continuadamente darmos graças a D-us pelos muitos caminhos pelos quais fomos abençoados.

 

SIGNIFICADO HISTÓRICO

A Festa dos Tabernáculos ou Festa da Colheita era originalmente uma festa agrícola, assim como a Páscoa e Pentecoste. Apesar disso D-us lhe atribui um significado histórico: a lembrança da peregrinação pelo deserto e o sustento pelo Senhor. A fragilidade das tendas que construímos é uma lembrança da fragilidade do povo quando peregrinava os 40 anos no deserto a caminho da Terra Prometida.

A palavra “tabernáculo” vem do original hebraico sukka, cujo plural é sukkot, que significa “cabana, abrigo temporário”. A Festa dos Tabernáculos dura uma semana e durante este período habita em tendas construídas com ramos.

 

É UM TEMPO DE REGOZIJO E AÇÃO DE GRAÇA

Posteriormente, na história judaica, Páscoa, Pentecoste e a Festa dos Tabernáculos são chamadas no calendário judaico de Festas de Peregrinos, porque nestas três festas era exigido que todo homem judeu fizesse uma peregrinação até o Templo, em Jerusalém. Nestas ocasiões o povo trazia os primeiros frutos da colheita da estação ao Templo, onde uma parte era apresentada como oferta a D-us e o restante usado pelas famílias dos sacerdotes. Somente após essa obrigação ser cumprida era permitido usar a colheita da estação como alimento.

A ordenança de D-us para que o povo habitasse em tendas traz conotações de caráter moral, social, histórico e espiritual. A Sukka é um chamado contra a vaidade e um apelo à humildade. Mesmo o mais poderoso dos homens deve viver durante sete dias numa habitação primitiva e modesta, conscientizando-se da impermanência das posses materiais. Mais ainda, deve compartilhar essa moradia com todos os desprivilegiados a seu redor: ”seus servos, o estrangeiro, o órfão e a viúva que estiverem dentro dos seus portões”. ( Deuteronômio 16.14)

Por ser pequena, sem compartimentos a sukka obriga seus moradores a se aproximarem, física e afetivamente, e talvez os inspire a se manterem mais unidos nos outros dias do ano.

De acordo com a Lei, a cobertura da sukka deve ser feita de tal forma que através dela se possam ver as estrelas. Resulta um teto pelo qual se infiltram a chuva e o vento, mas pelo qual também penetra a luz do sol. A sukka é o modelo de um verdadeiro lar: sem uma estrutura sofisticada, sem decoração luxuosa, mas cheia de calor, tradição e santidade. Um lar deve ter espiritualidade, deve ter uma vista para o céu.

A sukka é um abrigo temporário, improvisado, construído às pressas. E, no entanto, ela é um símbolo de permanência e continuidade. É tão frágil, tão precária, tão instável e, no entanto, sobreviveu a tantos impérios, tantas revoluções porque na verdade seu sustento é divino , é somente o Senhor quem nos pode sustentar!

A sukka é uma construção rústica cuja cobertura é feita de produtos da terra - fácil de obter. Inclui ramos, arbustos, palha e mesmo ripas de madeira. Frutas, vegetais e outros alimentos não são usados.

A Festa dos Tabernáculos tinha dois aspectos distintos na época do Templo. Uma parte da festa era consagrada ao louvor e ações de graça. O toque das trombetas convocava o povo, que se postava nas ruas para assistir à marcha dos sacerdotes que iam ao tanque de Siloé, enchiam uma vasilha de prata de água e depois rumavam para o templo e a derramavam no altar. Era um cortejo glorioso de sacerdotes vestidos de branco, instrumentos musicais, corais. Os levitas se faziam acompanhar por músicos em instrumentos de corda, sopro e percussão durante a recitação dos Salmos 113 a 118- especialmente as palavras messiânicas do Salmo 118, versos 25 e 26: “Ó Senhor, salva, Te pedimos! Ó Senhor, nós te pedimos, envia-nos a prosperidade. Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.

Esse ritual de derramamento de água simbolizava ações de graça pela chuva que possibilitou a colheita do ano. Orações por mais chuva eram feitas para possibilitar a colheita da próxima estação.

SIMBOLIZA TAMBÉM, ALEGRIA ESPIRITUAL DA SALVAÇÃO.

A cada dia, durante o período da Festa, os sacerdotes rodeavam o grande altar de sacrifícios, uma vez, agitando suas palmeiras em todas as direções. Os ramos eram seguros juntos na mão direita, e a cidra, na mão esquerda. No sétimo dia, chamado “Hoshana Rabbah” que significa “A grande Salvação”, os sacerdotes rodeavam o altar sete vezes, recitando o Salmo 118.

Durante os sete dias de Sukkot, o grande altar de sacrifício recebia um número de sacrifício maior do que em qualquer outra festa: 70 novilhos, 14 carneiros, 98 cordeiros e 7 bodes (Números 29.12-34).

Em relação aos 70 novilhos o Talmud ensina que “as setenta nações do mundo são representadas nas ofertas de expiação de Israel”.

O segundo ponto alto das comemorações eram os festejos. À noite, as multidões festejavam com banquetes e ainda cantavam e caminhavam pelas ruas portando tochas. Eram também colocadas tochas que iluminavam o átrio do Templo. Nesses momentos demonstravam sua gratidão a D-us desfrutando as boas coisas da vida e o prazer de gozarem a companhia uns dos outros.



Foi a essa festa que os irmãos de Jesus se referiram quando insistiram com ele para que seguisse para Jerusalém (João 7.1-9). O Senhor rebateu suas palavras sarcásticas, mas depois, ocultamente, foi para Judéia. Durante a Festa, Ele deu ensinamentos e sofreu dura oposição por parte dos fariseus. Foi nessa ocasião que chamou os que tivessem sede para irem a ele e beber (João 7.37).

 

SIGNIFICADO PROFÉTICO

Além disto, a Festa dos Tabernáculos é uma Festa Profética. A sua mensagem nos fala da nossa herança, isto é, “da medida da plenitude da estatura do Messias”, a que a Palavra de D-us nos promete que chegaremos em breve (Ef 4:11-16). Fala da glória de D-us a ser manifestada nesta “ultima casa” (Ag 2:8). Fala não apenas do milagre da provisão de D-us no meio do deserto, mas de uma provisão superabundante na terra que é nossa herança, onde teremos não apenas as “primícias”, “o penhor da nossa herança” (Rm 8:23; Ef 1:13,14), que é Espírito o Santo, mas teremos a plenitude da herança, a posse de tudo o que o Senhor tem reservado para os seus filhos.

 

SIGNIFICADO PRÁTICO

A Festa dos Tabernáculos não é apenas algo que comemoramos uma vez por ano, em setembro-outubro, relembrando o passado, mas significa, para nós, uma EXPERIÊNCIA. Assim como a Páscoa é para os salvos uma experiência (libertação do pecado e da escravidão), e também Shavuot é uma experiência (recebimento da Torá e o batismo com Espírito o Santo), Tabernáculos é uma experiência a ser atingida pela Igreja Cristã.

É certo que neste mês nos reuniremos para celebrar ao Senhor. Mas a Festa não termina depois desta Santa Convocação. Ela continua em nossos corações, que anseiam pelo seu cumprimento, pela manifestação dos seus frutos, dia após dias. E, pouco a pouco podemos sentir que o Corpo do Messias, a igreja, esta chegando à experiência da Festa dos Tabernáculos. Tabernáculos será uma experiência em que todo o Corpo entrará ao mesmo tempo.

O Sucót também é chamado de Festa da Colheita. Hoje em dia, judeus de todo o mundo guardam o Sucót fazendo pequenas tendas fora de suas casas, nos seus quintais, e as portas são fechadas. Em outras ocasiões, o povo de Deus se reúne por detrás de portas fechada, e convidam as pessoas para jantar ou passar um tempo de convívio. Pessoas de fora são bem-vindas, mas precisam ser convidadas porque as portas ficam fechadas. Todavia no Sucót, a Festa dos Tabernáculos, a Festa da Colheita, as portas permanecem abertas. Todo judeu sabe que, se vir uma tenda ou tabernáculo, pode entrar lá como um estranho, mas sairá de lá como membro da família.

O que isso significa para nós? Se você possui algum parente ou ente querido que não seja nascido de novo, deve pedir neste mês pela salvação deles. Jesus disse: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á” (João 10:9) Jesus é a porta 

 

e ela está aberta a todos!

Deus está nos chamando para utilizar nossos dons e habilidades para construirmos um tabernáculo de gente, um tabernáculo vivo, mesmo que ainda não tenhamos entendido o propósito dos dons e habilidades que recebemos. Quando atendemos a proposta do Sinai e estamos abertos pra ser e fazer o que Deus estabeleceu, pra estabelecer o tabernáculo, A MULTIDÃO CHEGARÁ.

Sucót também é o tempo da sua colheita – não só em almas salvas, mas também da sua colheita financeira. Diga essas palavras: “Ele abriu a porta, meus olhos estão firmes nEle, e vou ter o melhor ano da minha vida até agora”.

 

FRUTO FIEL

Também, no próximo dia 19 de Outubro, toda Igreja Internacional da Esperança terá motivos em dobro para celebrar ao Senhor: além da celebração da Festa dos Tabernáculos é a apresentação do nosso Fruto Fiel.

As duas celebrações se unem no propósito de exaltar o Nome do Senhor que tem concedido à IIE – Igreja Internacional da Esperança - uma colheita sobrenatural. É por isso que, na celebração da Festa dos Tabernáculos, também conhecida como Festa da Colheita, você terá a oportunidade de apresentar a Deus seu Fruto Fiel, as vidas que você tem ganhado para Deus.

Prepare-se para uma celebração cheia de alegria e vida! Organize suas células, convoque seus discípulos, convide outras pessoas e tenha a certeza de que esta noite ficará registrada na sua história como o início de um novo ciclo de grandes alegrias e surpreendentes colheitas.

Como Igreja local, em unidade, a Esperança fará da Festa dos Tabernáculos, uma noite de grande júbilo, onde todos experimentarão uma colheita extravagante.

 

CONCLUSÃO

Qual deve ser o nosso interesse? Ajudar todos os membros do Corpo do Messias a entrar em todas as experiências que D-us está revelando aos Seus nestes últimos dias, para que em breve tudo se cumpra e cheguemos a “restauração de todas as coisas” (At 3:21), e possa cum¬prir-se cabalmente no Corpo do Messias a experiência da Festa dos Tabernáculos.

 

E COMO FAREMOS ISSO? VIVENDO AS FESTAS.

Chag Sameach Sucot!!

Feliz Festa de Tabernáculos!!!

 

Ap. Esdras Pereira e Bispa Josilane Alves

Adaptação: Equipe CR

 

 

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